Numa iniciativa da Associação Nacional de Livrarias (ANL), da Câmara Brasileira do Livro (CBL); da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL); do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), do Instituto Pró-Livro; da Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL); da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL); e da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), a pesquisa O Livro no Orçamento Familiar (LOF), que tem a coordenação do pesquisador Kaizô Iwakami Beltrão, vem atender uma antiga necessidade do segmento livreiro e editorial: Conhecer, de fato, o seu consumidor. A partir dos dados já coletados sobre a despesa familiar, os dados efetivos dos gastos com material de leitura (livros e de outros como jornais, revistas, fotocópias etc.), permitem traçar o perfil do mercado consumidor, por nível de renda, escolaridade, local de compra e outras variáveis importantes.
Os dados disponíveis sobre o mercado editorial limitam-se em geral à produção (número de livros publicados, tiragens) e às vendas, sobretudo aquelas feitas aos governos. O máximo que se consegue são informações dadas pelos editores sobre números de livros vendidos, independentemente do destino final. Porém, pouco se sabe sobre quem são os compradores individuais de livros, jornais e revistas. Não existe informação em nível nacional sobre os consumidores de material de leitura. Quais as características do indivíduo e da família?
“Acredita-se que tipicamente o aumento da renda e da escolaridade deva vir junto com um aumento do hábito de leitura. Este aumento acontece para todas os indivíduos e famílias ou existem grupos de alta renda/escolaridade que não lêem? A existência de estudantes ou de pessoas com maior nível de instrução na família fomenta este hábito? A importância de se mapear as características dos indivíduos que consomem material de leitura está ligada a uma possível estratégia de marketing. É importante saber como este material de leitura é adquirido, onde e por quem. Possivelmente, outras características também têm importância, por exemplo, a forma de comercialização e de atingir o público-alvo devem diferir, quando se trata de livros escolares ou de fundo religioso”, esclarece Kaizô Iwakami Beltrão.
Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
A pesquisa será finalizada no primeiro trimestre de 2009