Fabiano Puíba, do Ministério da Cultura, anuncia que o governo federal vai lançar um novo programa de estímulo à Leitura, que visa também melhorar a interpretação de textos. “Vamos ter 4 mil Agentes de Leitura, de 18 a 29 anos, em 400 cidades de 12 Estados, que vão receber acervos de livros para levar a literatura às comunidades. Essas pessoas vão receber bolsas de R$ 350 por 4 horas de trabalho, de segunda a sexta, e vão formar clubes de Leitura, fazer empréstimos de livros de bibliotecas municipais, promover rodas de contação de histórias.”
Para ele, essas iniciativas, juntamente com uma inclusão digital maior, vão possibilitar a fruição, principalmente de obras literárias. “São elas que possibilitam conferir sentidos ao texto. Cabe à família, à escola e aos equipamentos culturais contribuírem no aproveitamento desse material.”
Maria Luíza Brettas, da Secretaria Estadual de Educação, também acredita no papel fundamental de quem estimula e organiza a Leitura. “O professor terá de reforçar sua postura ética para orientar melhor a Leitura, de livros e na internet. Ele precisa saber que o texto dado em sala ou sugerido para a Leitura em casa não comporta todo tipo de interpretação. Ele tem um caminho que precisa ser observado.”
As armadilhas típicas da internet são as principais preocupações. São muitos os textos atribuídos a escritores famosos que, depois, têm sua autoria desmentida. “Também há sites que publicam obras de maneira fragmentária, sem seu devido contexto. Com esse mundo globalizado, é fácil derrubar uma pessoa rapidamente. A internet abre mais espaço para interpretações de má-fé”, alerta Maria Luíza.
Distorções que podem ser amenizadas com a maior intimidade com a Leitura. “É por isso que temos de reforçar a competência leitora dos professores”, assinala Fabiano. “Não falo de cursos de Leitura ou de interpretação de texto e sim de fazer dessa prática uma experiência para a vida toda.”
Autor: Rogério Borges – O Popular – GO
Publicado por: Comunicação Social/MinC