A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinaram nesta quarta-feira (23/7) convênio para difundir o livro produzido no Brasil no mercado internacional. A expectativa da CBL e da Apex-Brasil é de aumentar a inserção do produto editorial brasileiro no mercado internacional vendendo 15% dos títulos apresentados para o exterior no primeiro ano do projeto e mais 20% no segundo ano, alcançando um total de até 80 títulos em dois anos.
O “Projeto Setorial Integrado (PSI) do Mercado Editorial” prevê um conjunto de ações, entre elas a venda de direitos autorais, participação em feiras e eventos internacionais e programas de incentivo às exportações, como apresentação do mercado brasileiro para empresários e formadores de opinião estrangeiros.
A presidente da CBL, Rosely Boschini, acredita na importância do convênio como instrumento de abertura de novas oportunidades para as editoras brasileiras. “Existe um grande interesse internacional pelo Brasil, principalmente por conta da diversidade cultural e do conteúdo editorial nacional. Além disso, há um enorme potencial de mercado que ainda não foi explorado pelas empresas locais”, destaca a executiva.
A reduzida disseminação do livro brasileiro no exterior é um motivo a mais para as editoras locais buscarem o mercado internacional, segundo a presidente: “Pelo fato de a produção editorial brasileira ainda ser desconhecida lá fora, acredito que todos os segmentos têm boas oportunidades de negócios em outros países, desde o livro infantil, passando pelos técnicos e religiosos até literatura”.
Nesse primeiro momento, os mercados-alvo são Inglaterra, Alemanha, Espanha, República Tcheca, Hungria, Croácia, Polônia, Rússia, México, Argentina e Peru. O presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, considera que a qualidade do produto nacional aliada ao interesse pela cultura brasileira será um diferencial para as editoras locais competirem no exterior. “Os chineses, por exemplo, após a abertura do regime, têm interesse em conhecer a cultura de vários países. Na França, há um grande mercado para livros religiosos, em especial os espíritas. A Alemanha, pelo alto grau desenvolvimento, é um potencial comprador de livros científicos e técnicos”, explica Alessandro Teixeira.
Luis Antonio Torelli, presidente da ABDL participou desse encontro entre a CBL e APEX.