A medida anunciada pelo ministro Paulo Bernardes vai evitar conseqüências que seriam extremamente danosas. E não só para a questão do livro e da leitura, como para a própria educação no País. Eis alguns dos estragos que estavam previstos caso o corte imposto pelo relator do orçamento da União no Congresso fosse mantido (significando uma tesourada de 20% no orçamento nos programas do livro em 2009):
1) 37 milhões de alunos da rede pública sem dicionários em 2009/2010, justo quando está entrando em vigor o novo acordo ortográfico (os estudantes das escolas privadas teriam, naturalmente, os seus);
2) Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), um dos principais responsáveis pelo crescimento dos índices de leitura nesta década, corria o risco de ser suspenso este ano;
3) Programas de aquisição de livros para portadores de necessidades especiais seriam comprometidos;
4) Programa do livro didático precisaria ser reduzido, e preços dos livros pagos às editoras teriam novo arrocho.
Fonte: Galeno Amorim